Fizemos uma aventura incrível de 7 dias no Deserto do Atacama e organizamos as informações sobre esta viagem nos mínimos detalhes para compartilhar com você, a fim de que não passe perrengue.
Sabe quando você olha a foto de alguém em um lugar super diferente e isso desperta em você uma vontade enorme de estar lá?
É impossível não sentir ao ver as fotos de alguém no Atacama. Um lugar repleto de histórias, belezas naturais e emoção. Então vamos lá, se agasalhe bem porque pegamos -4°C e não queremos que você se resfrie!
Leia este post até o fim e fique por dentro de tudo de mais importante para a sua viagem até o Deserto do Atacama ser incrível!
Onde fica o deserto de Atacama? Veja em que país fica o Deserto do Atacama!
O Deserto do Atacama, que se você não sabe é considerado o mais alto deserto do mundo, fica situado ao norte do Chile e se estende até a fronteira com o Peru.
Deserto Atacama altitude, qual é?
As áreas do Deserto do Atacama variam de altitude, indo de 2.400 metros acima do nível do mar (San Pedro de Atacama) até 5.600 metros acima do nível do mar (Vulcão Lascar).
Qual a melhor época para ir ao Deserto do Atacama?
A melhor época para ir ao Deserto do Atacama varia de cada perfil de turista. Por isso, fiz abaixo um guia com variadas sugestões para cada tipo de viajante.
| Perfil do turista | Melhores meses | Motivo |
|---|---|---|
| Aventureiro (trilhas, trekking, exploração) | Março a Maio, Setembro a Novembro | Clima mais ameno, temperaturas mais equilibradas entre dia e noite, menos turistas nos atrativos. |
| Fotógrafo (paisagens e céu estrelado) | Abril a Setembro | Céu mais limpo devido à baixa umidade, melhor visibilidade para astrofotografia e paisagens mais contrastadas. |
| Turista econômico (menos lotação e preços melhores) | Março a Junho, Agosto a Novembro | Menos turistas, preços mais baixos em hospedagens e passeios. |
| Turista que prefere calor | Dezembro a Fevereiro | Temperaturas mais altas durante o dia (chegando a 30°C), ideais para quem não gosta de frio intenso. |
| Turista que prefere frio | Junho a Agosto | Manhãs e noites muito frias (podendo chegar a -5°C), ideal para quem gosta de frio e neve ocasional nas montanhas. |
| Turista casual (experiência equilibrada, clima e preços razoáveis) | Março a Maio, Setembro a Novembro | Boa temperatura, menos variações extremas e menos turistas nos pontos turísticos. |
| Observador de estrelas (astronomia e passeios noturnos) | Abril a Setembro | Céu mais limpo e seco, proporcionando a melhor visibilidade para observação astronômica. |
Como ir do Brasil para o Deserto do Atacama?
A seguir, detalho o passo a passo de como chegar no Deserto do Atacama. Preste bem atenção e tome nota das principais dicas e orientações.
Chegada e compras em Santiago
A ida até San Pedro do Atacama, saindo de Recife, é um pouquinho distante. Pegamos um voo de Recife a Guarulhos que pousou por volta das 00h em SP.
Passamos a madruga no aeroporto até pegarmos nosso voo para Santiago. Tentamos ficar acordados à base de café, mas não foi possível.
Pelo menos não para o Rodrigo, que dormiu como se estivesse em casa. Eu fiquei perambulando pelo aeroporto vendo a hora passar e ansiosa pelo que estava por vir.
Quando chegamos em Santiago, tivemos uma conexão de 5h e aproveitamos para comprar casacos, porque não tínhamos nenhum por morarmos em uma cidade que faz calor o ano todo (Recife).
O aeroporto de Santiago tem um terminal de ônibus de onde saem alguns para o centro da cidade, descemos no ponto final e fomos até a loja Falabela (tipo uma Loja Renner no Brasil), dentro do Shopping Costanera.
Gostamos da variedade e dos preços dessa loja e, após as compras, voltamos para o aeroporto. O trajeto dura uns 30min de ônibus + uma caminhada de 3 quarteirões até o shopping.
Cuide do tempo que vai passar fazendo compras e seja objetivo. Imprevistos podem acontecer e isso pode comprometer seu voo. Quase perdemos o nosso por conta de um atraso do ônibus!
Como levamos mala de mão, a deixamos num guarda volume no aeroporto mesmo (eles chamam de locker).
Já agasalhados, partimos de Santiago até Calama (cidade onde pousamos). A vista do avião é linda! O piloto informa que estamos passando sobre a Cordilheira dos Andes e todo mundo se inclina pra contemplar a beleza.
Chegada em Calama
Chegamos em Calama já à noite, por volta das 20h, e pegamos nosso transfer pela empresa Pampa. A empresa havia sido sugerida pela agência FlaviaBia Expediciones, com quem fizemos os passeios no Atacama, então já estava tudo agendado.
Super recomendamos a Pampa! Além de bem pontuais, a Van era bem novinha, mas no aeroporto há diversas agências de transfer até San Pedro do Atacama e os preços são bem semelhantes.
O trajeto dura cerca de 2h30h. Chegamos por volta das 00h em San Pedro, no nosso Hostel Siete Colores (avisamos por e-mail que chegaríamos tarde para não ficarmos trancados do lado de fora. Sugiro que faça o mesmo se for o seu caso).
San Pedro de Atacama
Chegamos famintos e fomos logo jantar. Encontramos poucos restaurantes abertos e paramos no Aura Andina. Gostamos muito da comida, pois tem variedade, os pratos são bem servidos e o preço era bom (comemos praticamente todos os dias lá!).
Em San Pedro, eles sempre dão uma entradinha grátis antes de chegar o prato principal, e o molho que acompanha é uma delícia!
O prato que escolhemos no primeiro dia foi o wok, uma espécie de yakisoba sem shoyu. Um misto de macarrão, legumes e carne, mas muita carne mesmo! Estava muito bom, mas decidimos por opções menos carnívoras nos dias seguintes!
Onde ficamos em San Pedro do Atacama
Agora vamos falar dos hotéis. E já te aviso que San Pedro não é um lugar onde você encontra hotéis baratos.
Pesquisei bastante e os preços estavam bem altos, o melhor custo-benefício que achei foi mesmo o Hostel Siete Colores, onde pegamos um quarto privativo para casal com banheiro privativo também.
O hostel incluía café da manhã, mas se for fechar os passeios com a Flavia Bia, nem precisa se preocupar com isso porque quase todos os passeios têm incluído.
O café da manhã do hostel só começava às 8h e muitos passeios saíam antes desse horário.
Então, sugiro que compre alguns snacks nos mercadinhos, para segurar a fome e aproveitar bem o café da manhã delicioso da Flavia Bia. Mas, voltando a falar sobre o hostel… a estrutura era bem simples (o quarto só tinha a cama, banheiro e ventilador de chão, não tinha TV e nem frigobar.
Roteiro Atacama – Deserto América do Sul
| Dia | Atividade | Detalhes |
|---|---|---|
| Chegada | Chegada e compras em Santiago | Dia para aclimatação e compras antes do voo para Calama |
| Chegada | Chegada em Calama | Voo de Santiago para Calama e deslocamento até San Pedro de Atacama |
| Dia 1 | Valle de La Muerte e Valle de La Luna | Paisagens desérticas incríveis, dunas e formações rochosas surreais |
| Dia 2 | Geyser Del Tatio | Melhor visitar ao amanhecer para ver os vapores dos gêiseres |
| Laguna Cejar | Lago de alta salinidade, onde é possível flutuar | |
| Ojos del Salar | Duas lagoas circulares no meio do deserto | |
| Laguna Tebinquiche | Lagoa de cores vibrantes ao pôr do sol | |
| Dia 3 | Salar de Tara | Formações rochosas impressionantes e lagoas altiplânicas |
| Dia 4 | Vallecito | Cenários deslumbrantes com formações arenosas únicas |
| Lagunas Escondidas | Pequenas lagoas de cores intensas no meio do deserto | |
| Tour Astronômico | Observação das estrelas em um dos melhores céus do mundo | |
| Dia 5 | Lagunas Altiplânicas | Lagoas Miscanti e Miñiques, cercadas por vulcões |
| Piedras Rojas | Formação rochosa vermelha contrastando com o azul das lagoas | |
| Trópico de Capricórnio | Ponto geográfico marcante com uma bela vista | |
| Dia 6 | Vale do Arco-Íris | Rochas coloridas devido à presença de minerais |
| Catarpe e Garganta del Diablo | Trilhas e paisagens únicas no deserto | |
| Capela San Isidro | Pequena capela histórica isolada no deserto | |
| Lola Café e Restaurante | Restaurante recomendado para jantar | |
| Dia 7 | Pontos Turísticos no Chile | Dia livre para explorar antes do retorno |
| Retorno para o Brasil | Voo de volta para casa |
O que visitar no Deserto do Atacama?
A partir daqui, te explico em detalhes tudo o que de melhor visitar no Deserto do Atacama. Tome nota das dicas!
Dia 1
Valle de La Luna
Como chegamos tarde da noite, pedimos pra galera da Flavia Bia colocar um passeio que não começasse muito cedo, então fizemos o Vale de La Luna.
O guia nos buscou no hostel por volta das 15h (fomos numa época que o pôr do sol era em torno das 19h30h, então o dia rendia bastante).
A primeira parada é o Vale de La Luna e, ao chegarmos, já fiquei encantada com o visual, é lindo! Parece que você está em outro planeta! O nome é dado justamente porque o solo se parece com a lua!
As formações são lindas, pedras com dunas que fazem parte da Cordilheira do Sal. Fizemos uma mini trilha nas dunas e o visual vai ficando cada vez mais bonito. Tiramos foto no alto das formações com a vista das dunas, lindooooo!
E aqui vai uma dica: leve água para se hidratar, porque o sol é bem forte e você transpira muito andando nas dunas, além do clima ser bem seco.
Ah, e prefira ir com um sapato apropriado, tipo aquelas botinhas de trekking que dão mais firmeza na pisada.
Valle de la Muerte
A segunda parada foi no Valle de la Muerte e as lindas formações rochosas te acompanham, só que nessa você vai caminhando entre elas dentro da caverna de sal. É uma experiência incrível!
De lá, fomos assistir ao lindo pôr do sol. O guia vai arrumando o lindo lanche da tarde, enquanto a gente vai curtindo o visual e tirando muita foto.
O pôr do sol é único! O céu vai ficando rosado e criando um cenário de se apaixonar!
Voltamos já à noite, por volta das 20h, e fomos mais uma vez jantar no Aura Andina e bater perna nas vielas de San Pedro.
Dia 2
Geyser Del Tatio
Pela manhã, partimos para o Geyser Del Tatio, que está localizado dentro da Cordilheira dos Andes no terceiro maior campo geotérmico do mundo.
É um passeio que muitos preferem fazer nos últimos dias por conta da altitude. Dicas pra não sofrer muito com o “mal da altitude”: beba bastante água, evite carne vermelha e bebida alcoólica no dia interior, e também não faça muito esforço quando estiver lá no alto.
A oxigenação é dificultada pelo ar mais rarefeito, mas você pode levar umas folhas de coca para o caso de sentir enjoo (o nosso guia tinha). Existem opções de balas também, para disfarçar o sabor horrível da folha.
A quase 100 km de San Pedro e 4.300 m de altitude, o campo geotérmico do vulcão Tatio possui várias manifestações termais na superfície com jatos e borbulhos de água fervente.
O horário que os Geysers estão mais ativos é antes do nascer do sol, então os passeios saem de San Pedro na madruga (saímos por volta das 4h30).
Dica: leve muito agasalho, porque o frio é grande (fomos em março e pegamos -4°C). Se quiser entrar na piscina naturalmente aquecida, leve roupa de banho.
Nós decidimos nos molhar, porque somos turistas raiz, mas passamos muuuuito frio para entrar e mais ainda para sair da piscina.
Tiramos muitas fotos porque o visual é muito lindo e, quando o sol nasce, cria um cenário mais lindo ainda e traz um calorzinho confortante!
Atente para o tempo de permanência na água. Não passe de 20min, porque a água possui alguns minerais que acabam por entrar na corrente sanguínea pelos poros dilatados e você pode acabar tendo mal-estar.
Pessoal, sigam as instruções dos guias porque os jatos d’água chegam a 85°C.
Cafezinho da manhã
Depois disso, só um café da manhã incrível, variado e todo arrumado para melhorar ainda mais. É necessário pagar pelo acesso na entrada do parque (por fora do valor do passeio da agência).
Povoado Machuca
No retorno a San Pedro, paramos no povoado Machuca, onde provamos a carne de lhama (gente, confesso que gostei) e seguimos fazendo algumas mini paradas no Vado Putana, para fotografarmos lhamas e visuais incríveis!
Chegamos em San Pedro, Rodrigo mega enjoado e eu estava com uma dor de cabeça muuuuito forte por conta da altitude.
O guia nos recomendou que tomássemos um banho e descansássemos. Sintomas como dor de cabeça e enjoo são normais na altitudes elevadas.
Segui as instruções dele, mas também adicionei um remédio para dor. Acordamos 1h depois novos em folha e partimos para o nosso passeio da tarde.
Laguna Cejar, Laguna Piedra e Laguna Baltinache
Na parte da tarde fomos a Laguna Cejar, a lagoa que tem mais concentração de sal do que o Mar Morto e faz parte do grande salar do Atacama, então leve roupa de banho por baixo.
A Flavia Bia envia pelo WhatsApp todas as recomendações do passeio.
No local, há banheiros, vestiário para se trocar e também muitos chuveiros de água doce, essencial para tirar o sal do corpo após o banho na lagoa (você fica branca de tanto sal!).
O banho só é permitido na Laguna Piedra, que é a menor. As outras duas lagoas, maiores, só podem ser contempladas.
Não vou mentir que a água é super gelada, mas o dia estava bem ensolarado e logo nos acostumamos. A experiência de flutuar é incrível!
Todo mundo se diverte, mas não é recomendado que coloque o rosto na água devido à alta concentração de sal.
Não posso deixar de citar que a galera da Flavia Bia faz questão de mudar alguns horários dos passeios para que a gente conheça o lugar mais vazio, então pode pesquisar como essa lagoa (e outros passeios também) ficam lotados de verdade! É muita gente!
Nós chegamos e havia pouquíssimas pessoas, isso fez com que tirássemos fotos lindas e curtíssemos bem mais o local.
Depois do delicioso banho na Laguna Cejar, pegamos nosso roupão chique da Flavia Bia e caminhamos ali por perto. O visual é lindo e tiramos várias fotos!
Ojos Del Salar
De lá, fomos aos Ojos Del Salar, que são dois buracos no meio do deserto. Aqui a água é doce e a lagoa é profunda, então é mais recomendado pra quem sabe nadar.
Eu, com certeza, mergulhei nessa lindeza e ainda tirei uma foto linda com o espelho d’água que se forma.
Laguna Tebinquiche
Nosso fim de tarde foi na Laguna Tebinquiche. Nessa lagoa não é permitido banho e o local é cheio de “trilhas” que temos que seguir, isso tudo para preservar ainda mais o lugar.
A beleza está na imensidão de sal junto a uma lagoa, e foi nesse cenário lindo que fizemos nosso lanche da tarde com direito a ceviche de salmão e uma bebida bem tradicional do Chile: O Pisco. Curtimos mais um lindo pôr do sol.
Dia 3
Salar de Tara
O Salar de Tara fica na região da tríplice fronteira entre Chile, Argentina e Bolívia, dentro da caldeira de um antigo vulcão chamado Vilama, na Cordilheira dos Andes.
Nesse passeio com altitudes elevadas, o guia nos disse que o corpo já havia aprendido a lidar com a altitude e não teríamos tantos sintomas (realmente ficamos melhores nesse dia, mas a minha dor de cabeça na volta ainda foi grande e tive que fazer o mesmo ritual do dia anterior.).
O tour pelo Salar de Tara é full day, saímos do hotel às 8h da manhã e é um dos passeios mais procurados no Atacama.
Gente, o café da manhã desse dia foi no visual mais lindo do mundooooo!!! Os lugares escolhidos pela Flavia Bia para as refeições são incríveis, mas esse foi o que eu mais gostei!
Aquela mesa maravilhosa, cheia de comida deliciosa e ao fundo o imponente Licancabur! Sério, fiquei apaixonada, não parava de tirar fotos!
Monges de Pacana
Depois do café manhã mais top do planeta, fizemos nossa segunda parada nos Monges de Pacana, que são monumentos formados por erupções vulcânicas.
Uma das formações rochosas, a Pedra do Índio, mede mais de 25 metros de altura e é a grande atração para as fotos, porque no cume da pedra é possível ver o rosto de um índio (No fundo da paisagem está o Salar de Águas Calientes).
Nesse momento, fizemos uma pausa para galera ir ao “banheiro”, banheiros de raposa, como nosso guia costumava chamar. Dica: leve lenços umedecidos e sacolinha para lixo, porque estamos falando do Deserto do Atacama, então, nesse caso, não há estrutura.
De lá, nossa terceira parada foi no ponto alto do passeio! O Salar de Tara fica dentro da Reserva Nacional Los Flamencos, e o guia nos deixa logo no início da reserva e vamos caminhando livremente em meio a incríveis formações rochosas chamadas Catedrais de Cinza.
São paredões lindos com uma beleza exótica e deslumbrante. No fim do percurso da caminhada, o guia nos espera com um maravilhoso almoço!
Gente, almoçar num visual com flamingos ao fundo, sem falar na flora do Salar de Tara, fala se não é de se apaixonar!
Almoço no Salar de Tara
Nosso almoço foi salmão, com quinoa, suco de morango, salada, vinho e uma sobremesa: mousse de limão maravilhoso!
O pessoal da Flavia Bia se preocupa se você possui algum tipo de alergia ou restrição alimentar e fazem a refeição do seu jeitinho. Isso foi incrível, sem falar na exclusividade!
Praticamente em todos os passeios, nós chegávamos primeiro e o lugar estava vazio para gente curtir melhor e tirar fotos únicas! Por isso, recomendo muito a agência!
Nosso retorno foi por volta das 16h, e fomos apreciando os mais belos cenários do Atacama e vendo várias vicunhas (animas parentes das lhamas) que são comuns nessa região de altitude.
Dia 4
Vallecito
Enquanto as outras agências fazem em meio turno, a FlaviaBia reserva o dia inteiro pra esse tour. Nossa primeira parada e cenário do nosso café da manhã foi o Vallecito.
Ele é cercado por três Cordilheiras: Cordilheira dos Andes, a Cordilheira Domeyko e Cordilheira de Sal. Assim que chegamos fizemos uma caminhada com o guia e, enquanto ele ia explicando sobre o lugar, tirávamos fotos lindas!
Ao voltarmos da caminhada leve, fomos recebidos com café da manhã já colocado e, como sempre, a arrumação, a variedade e o sabor da comida estavam impecáveis!
Os grupos da Flavia Bia são sempre pequenos, então fica ainda mais gostoso de curtir o café da manhã num visual único!
Outro ponto bem atrativo do lugar é um ônibus velho no meio daquele desertão que todo mundo quer tirar foto e nós também não deixamos passar.
Lagunas Escondidas
Já muito bem alimentados, fomos para o circuito das 7 lagunas escondidas, que são um conjunto de sete lagoas que surgiram a partir da ação humana.
Elas se formaram devido à perfurações no solo para a extração de lítio na década de 80. Nesse momento há necessidade de pagar o ingresso do parque.
Nossa, o cenário é super empolgante! O azul das lagoas é algo impressionante! É preciso andar na trilha e o nosso guia nos levou até a metade do circuito e retornou pra preparar nosso almoço.
Difícil foi caminhar, porque a gente tirava foto a cada passo. Só é permitido o banho na primeira e última lagoas. Nós tomamos na primeira antes de almoçarmos e a água é bem gelada, igual a da Laguna Cejar.
Além disso, também dá pra flutuar devido à alta concentração de sal (8x mais que o mar!).
A paisagem em torno da lagoa deixa tudo ainda mais impressionante com a mistura de vulcão, montanhas e crosta de sal.
Reparem também na exclusividade na foto! Só nosso grupo que estava lá curtindo as lagoas e ainda apreciando um almoço delicioso.
O complexo das Lagunas Escondidas oferece uma estrutura legal de banheiros e chuveiros reservados. Tomamos um ótimo banho para limpar o excesso de sal e voltamos para San Pedro do Atacama.
Tour astronômico no Deserto do Atacama
À noite, no mesmo dia, tínhamos reservado o tour astronômico. Assim que chegar em San Pedro, já faça a reserva desse passeio porque enche bastante e também varia de acordo com o clima e fases da lua (lua cheia eles não realizam o passeio, devido à claridade).
O Atacama tem o céu mais limpo da Terra e isso se dá por três motivos: altitude, ausência de poluição de luz e ausência de nuvens (em boa parte do ano), fazendo com que se crie um cenário perfeito para essa experiência de observação.
A agência mais conhecida que oferece esse passeio é a Space Star, que aborda o lado mais científico. O tour tem guia em espanhol, inglês e francês. Pegamos o tour em espanhol que começava às 22h (durou cerca de 2h30).
Dificilmente você verá em outro lugar tantas estrelas (e até constelações) a olho nu. Além disso, o centro de observação possui vários equipamentos que usamos para a contemplação da lua, planetas e constelações.
Depois dessa experiência incrível, o guia nos leva até uma cabana onde o grupo conversa um pouco e toma uma bebida quente. Falando em bebida quente, leve bastante agasalho porque faz bastante frio!
Dia 5
Lagunas Altiplânicas
O tour das lagunas altiplânicas envolve uma altitude de 4.000 metros, então é importante se hidratar bem, passar bastante protetor solar, não fazer muito esforço e levar bastante casaco, porque é bastante frio e venta muito.
O passeio inclui Lagunas Altiplânicas, Piedras Rojas e Trópico de Capricórnio.
Esse passeio é recheado de cenários lindos e, para começar, nosso café da manhã foi com o visual da Laguna Tuyaito.
Uma paisagem cheia de beleza e digna de muitas fotos. De lá, fomos até o circuito das lagunas altiplânicas, caminhamos por várias lagoas lindas!
Gente, é cada uma mais linda que a outra, ainda mais com a paisagem ao fundo. Conhecemos as lindas lagunas Miscanti e Miniques, e concluímos este que é também é um dos passeios obrigatórios no Atacama!
Piedras Rojas
O próximo destino foi Piedras Rojas, região do Salar de Águas Caliente, formado por pedras avermelhadas devido a uma grande concentração de ferro oxidado nas rochas.
Os passeios fazem uma parada em um mirante para contemplar a paisagem de longe.
Ainda assim, a paisagem é única e vale demais a contemplação do mirante. Após isso, paramos bem rapidinho no povoado de Socaire, para ir ao banheiro, e logo depois partimos para a famosa foto no Trópico de Capricórnio.
Trópico de Capricórnio
O guia nos mostrou a marcação do ponto onde o trópico cruza com a Trilha dos Incas que vai de Cuzco até Santiago e que servia para transporte de mercadorias para o povo inca.
A parada é bem divertida para fotos e ainda vimos umas vicunhas (animal característico nessa altitude, parente das Lhamas). Fim do dia e retornamos mais uma vez a San Pedro.
Última noite no Deserto do Atacama
Geralmente, deixamos a última noite para comprarmos lembrancinhas, porque já conhecemos a cidade nas noites anteriores e também já pesquisamos preços e quais lembrancinhas mais nos chamaram atenção.
Vimos várias coisas lindas! Nesse dia, compramos 3 telas lindas com desenhos que são uma réplica dos petróglifos que veríamos no dia seguinte!
Dia 6
Vale do Arco Iris
Nosso último dia no paraíso! No nosso roteiro original tínhamos separado um dia para as Termas de Puritama, mas infelizmente, algumas semanas antes de irmos, teve uma enxurrada que não permitiu que conhecêssemos as famosas Termas.
Mas se tiver tempo, coloque no roteiro que parece ser um passeio incrível!
Dessa forma, nessa manhã decidimos conhecer o lindo Vale do Arco Íris, que é formado por falésias de várias cores. Já no caminho, passamos pelo vale dos dinossauros, onde se vê lhamas, vicunhas e burrinhos.
Ao chegarmos, fizemos uma mini trilha em que o guia vai explicando sobre as diversas colorações, que se devem à oxidação natural de diversos minerais no local. Além de contar que as montanhas tiveram origem na época jurássica.
Foi nessa paisagem linda que tivemos, mais uma vez, nosso delicioso café da manhã. De lá, partimos para Yerbas Buenas, que guarda um tesouro da história.
Parque arqueológico
No parque arqueológico, o guia conta sobre os petróglifos que nos mostra um pouco do passado da civilização pré-colombiana de mais de 10mil anos atrás.
No percurso do passeio, você vai observando desenhos pré-incas, incas, atacamenhos e colonial. Há figuras de lhamas, animais com duas cabeças, cachorros, tudo que viam naquela época (no caso dos animais de duas cabeças, assume-se que seja uma ilustração de um parto).
Esse passeio é mais aconselhado que se faça nos primeiros dias devido à aclimação nas altitudes do Atacama (esse é um dos passeios mais baixos).
E também porque depois que você vê tanta coisa linda, acaba achando um passeio simples, o que não é (recomendo que faça esse pela manhã do seu primeiro dia, e o Vale de La luna, à tarde).
Catarpe
Como estávamos com a tarde livre, alugamos uma bike e escolhermos a trilha de Catarpe para conhecermos.
O aluguel da bike é por diária e você precisa devolvê-la até às 20h, a depender de onde aluga, podendo pagar a hora extra. Você pode alugar na rua Caracoles mesmo (rua principal de San Pedro).
No momento do aluguel, você escolhe entre Pukara de Quitor e Catarpe (tem outras opções também, mas essas duas são as menores) e o pessoal da loja te dá um mapinha para você ir seguindo.
Use os capacetes, os coletes de sinalização e os equipamentos de proteção que eles disponibilizam (incluso no valor do aluguel), para que o passeio fique mais seguro e você aproveite melhor.
Escolhemos Catarpe e seguimos em frente com nosso mapa (tem placas também para ajudar, em alguns momentos). Catarpe é uma área de formações rochosas que fica dentro da Cordilheira do sal (mesma área do Valle de La Luna).
Não esqueça de levar dinheiro, porque é cobrada uma taxa para acesso ao sítio arqueológico. Leve também água, alguns snacks (se for passar mais tempo) e câmera. A dica é levar tudo em uma mochilinha, para não te atrapalhar na bike. Mas não leve muito peso.
Observe também os bancos das bicicletas. Como o passeio demora um pouco, pode ser que um banco ruim acabe sendo desconfortável.
Saímos de San Pedro e seguimos as placas de “Catarpe” (e sempre olhando o mapa também).
Garganta Del Diablo
Após atravessarmos um riacho de bike, fizemos nossa primeira parada na Garganta Del Diablo (conforme nosso mapa).
Aqui, nós optamos por deixar a bike do lado de fora naqueles “porta bike” preso com cadeado, mas muita gente faz o percurso com ela.
Ao alugar a bicicleta, você recebe junto um cadeado, câmara de ar, bomba de pneu e outras coisas para garantir seu retorno em caso de imprevistos com a bike durante a trilha)
Pense na compra de uma botinha de trekking de qualidade. Poderia ter ficado o passeio com o pé molhado, mas a minha bota era impermeável e isso possibilitou um maior conforto durante o percurso.
A paisagem lá dentro é linda! Você fica dentro de umas fendas com paredões super altos, é demais! Já estávamos caminhando a uns 30min e achei que estivéssemos perdidos e falei para o Rodrigo que era melhor voltarmos.
Depois, descobrimos que a trilha era longa e que era melhor ter ido de bicicleta mesmo. Mas tomem muito cuidado com as bifurcações. Aconselhamos que entrem para tirar algumas fotos e continuem o percurso por fora.
Capela San Isidro
Retornamos até a entrada da Garganta Del Diablo, pegamos nossa bike e fomos em busca do fim do nosso percurso que era a Capela San Isidro. Mais uns 5 km de bike em estrada de terra, chegamos à linda Capela.
Nosso chegada na Capela foi ao mesmo tempo em que sol estava se pondo. Nossa recompensa, já que estávamos muito cansados, porém felizes!
Voltamos para San Pedro e ainda devolvemos as bikes às 18h em ponto.
Dica: não vá muito perto do horário de fechamento, pois o guarda não vai lhe deixar fazer o caminho todo, pois não haverá tempo suficiente para ir e voltar antes que escureça.
Nós fomos por volta das 13h e, como paramos muito para fotos, voltamos umas 18h, mas o trajeto sem pausas dura cerca de 2h.
Lola Café e Restaurante
À noite, pra despedida, fomos a um Karaokê super legal no centrinho de San Pedro, o Lola, com as meninas lindas da FlaviaBia!
Além da noite super agradável, ganhei um presente super fofo do dia da mulher: mini garrafa de vinho Chileno + avelãs com chocolates (deliciosos!).
Dia 7
Pontos turísticos de Santiago, no Chile
Acordamos bem cedo porque nossa Van (empresa Pampa transfer) foi nos buscar por volta das 4h da manhã. Nosso voo decolava por volta das 8h (de San Pedro a Calama são 100 km), mas eles te buscam bem cedo, para garantir que não haverá atrasos.
Pegamos nosso voo até Santiago e aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos da cidade, já que nossa conexão era de quase 5h.
Fechamos com um taxista (nada simpático, rs) e ele nos levou em alguns pontos que eu já havia pesquisado na internet.
Retornando do Deserto do Atacama para o Brasil
Enfim, voltávamos para casa pela Latam. Foi uma excelente experiência no voo internacional e a refeição era maravilhosa, com direito a tortinha de limão, minha favorita, e vinho pra acompanhar.
Curiosidade: O Atacama é o maior deserto do mundo?
Embora seja um dos mais famosos desertos do mundo para visitação e também considerado o mais alto deserto do Planeta, o Atacama não é o maior deserto do mundo. Esse título pertence ao deserto da Antártica, no Polo Sul.
Curiosidade: Por que as roupas são descartadas no Deserto do Atacama?
O descarte de roupas no Deserto do Atacama, no Chile, é um problema ambiental crescente causado por uma combinação de fatores relacionados à indústria da moda e ao comércio global de roupas usadas.
Em meio à aridez do Atacama, um volume alarmante de vestimentas são descartadas clandestinamente, atingindo cerca de 39 mil toneladas anuais, revela a extensão da pegada ecológica do consumo de moda.
Guia sobre a agência FlaviaBia Expediciones, no Deserto do Atacama
| Categoria | Detalhes |
|---|---|
| Atendimento | Todos os funcionários falam português; algumas atendentes são brasileiras. |
| Comunicação | Informações sobre os passeios enviadas pelo WhatsApp no dia anterior. |
| Brindes | Garrafinha para hidratação e sacola para itens essenciais. |
| Exclusividade | Roteiro especial para evitar multidões e garantir cenários exclusivos para refeições. |
| Alimentação | Opções adaptadas a restrições alimentares; cardápio inclui prato principal, sobremesa e bebidas. |
| Diferenciais | Atenção personalizada, brindes sazonais (ex.: mini garrafa de vinho e chocolates no Dia da Mulher). |
| Recomendação | Altamente recomendada pela experiência exclusiva e atendimento diferenciado. |
Guia com dicas importantes sobre o Deserto do Atacama
| Dica | Detalhes |
|---|---|
| Protetor solar | Use todos os dias. Nas lagoas, não é permitido entrar com protetor, então passe antes para evitar queimaduras. |
| Protetor labial | O sol forte, o clima seco e o frio racham os lábios. Essencial para manter a hidratação. |
| Colírio | O clima seco e a poeira intensa podem irritar os olhos. Leve um colírio hidratante. |
| Garrafa d’água | A hidratação é fundamental para evitar o “mal da altitude” e lidar com o clima seco e o sol forte. |
| Óculos de sol | Protege os olhos do sol intenso da altitude. Escolha um modelo com proteção UV. |
| Bota de trekking | Preferencialmente impermeável para evitar desconforto em temperaturas baixas e terrenos acidentados. |
| Roupas para frio | Mesmo fora do inverno, faz frio de manhã. Leve segunda pele, corta-vento, cachecol, luvas, casacos quentes, meias térmicas e gorro. |
| Tênis ou trekking | O chão de San Pedro é de terra. Botas de trekking ou tênis confortáveis são ideais para caminhadas. |
| Extensão ao Salar de Uyuni | Se tiver mais dias, vale visitar o Salar de Uyuni, na Bolívia. A paisagem é incrível! |
Conclusão – Aproveite bem sua viagem para o Deserto do Atacama!
A experiência de explorar o Deserto do Atacama, conforme relatado, transcende a simples observação de paisagens exóticas. A jornada de sete dias detalhada no texto oferece um vislumbre da riqueza histórica, da beleza natural e da intensidade emocional que este destino proporciona.
O convite para se agasalhar e a promessa de compartilhar informações cruciais para evitar contratempos sublinham a importância de um planejamento cuidadoso para desfrutar plenamente das maravilhas do Atacama, mesmo diante de desafios como as baixas temperaturas.
Portanto, o relato da aventura no Deserto do Atacama serve como um incentivo para que outros viajantes se aventurem por este lugar singular. Ao fornecer detalhes práticos e inspiradores, o texto não apenas desperta o desejo de conhecer o Atacama, mas também prepara você, caro leitor, para vivenciar uma experiência memorável e bem-sucedida.
A combinação de paisagens impactantes e a riqueza cultural local tornam o deserto um destino que merece ser explorado com atenção e preparo.
Obrigada por ter lido até aqui! Espero que tenha aproveitado nossas dicas! Para acompanhar nossas viagens em tempo real, siga nosso instagram e aproveite para conhecer nosso canal! Boa Viagem!
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