Para conhecer o coração do Brasil, basta visitar a Selva Amazônica. E para aproveitar melhor cada momento, leia esse artigo até o final!
A experiência de se conectar com a natureza por si só já é incrível, mas admito que foi preciso muita coragem para aceitar esse desafio.
Afinal, nunca sabemos que tipo de situação ou quais animais encontraremos na selva.
Nós tivemos a oportunidade de conhecer a vida animal, navegar pelas águas dos rios Negro e Solimões e visitamos a aldeia ribeirinha.
Além disso, nós temos 3 posts incríveis aqui no VEP sobre Manaus, sabia? Um falando sobre os restaurantes da cidade, outro sobre os hotéis, e outro, sobre o que fazer em Manaus.
Dá uma olhadinha lá, e depois vem ver como foi essa aventura com a gente!
Sentiu interesse por essa viagem? Então leia até o final desse post, porque eu tenho certeza que vou te convencer a se aventurar pela selva!
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Roteiro:
- Como chegar à Selva Amazônica?
- Hospedagem na Selva Amazônica
- Roteiro de viagem na Selva Amazônica
- Técnicas de sobrevivência
Como chegar à Selva Amazônica?
A Selva Amazônica possui 5,5 milhões de quilômetros quadrados divididos por nove países sul-americanos: Brasil, Suriname, Guiana Francesa, Guiana, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador.
A Amazônia é simplesmente a maior floresta tropical, além de ser, também, o maior arquipélago de águas fluviais do mundo. É um paraíso!
Aproveite pra ler também nosso post sobre as lindas cachoeiras de Presidente Figueiredo!
Existem várias opções de passeio, mas nós escolhemos o Pacote Iguana que é de 3 dias e 2 noites, oferecidos pela Iguana Turismo (Se disser que viu a indicação aqui, tem 5%off).
Os cenários são surreais, até mesmo durante o caminho ficamos admirados.
A aventura começa justamente aqui. Não é tão fácil chegar à Selva Amazônica, mas a Iguana Turismo pensou em tudo certinho para agradar já no caminho.
A entrada da selva é em Manaus (veja nesse post o que fazer e hotéis em Manaus) e segue uma série de etapas até o destino final:
- A agência te busca no hotel e deixa no Porto CEASA de Manaus, onde pegamos um barco.
- O barco vai até o encontro dos rios Negro e Solimões (falo desses passeios e outros, aqui!) e segue para outro porto, chamado Careiro. Esse trajeto dura meia hora.
- No Porto de Careiro precisamos pegar uma Kombi por mais ou menos uma hora até o rio Paraná do Mamori onde o último barco vai em direção à pousada na selva, o que levou mais uns quarenta e cinco minutos.
Hospedagem na Selva Amazônica
A pousada do Pacote Iguana para a Selva Amazônica é a Juma Lake e a previsão de chegada é as 11:30h.
Nós escolhemos um chalé privativo, que é bem simples, uma cama com mosquiteiro, um banheiro privativo e ventilador.
Existe, também, a opção de quarto compartilhado misto.
O preço do Pacote Iguana é de:
– R$ 810,00 por pessoa para acomodação privativa.
– R$ 680,00 por pessoa em dormitório.
A pousada fica na beira do rio que é lotado de botos e o mergulho é permitido ao entorno da pousada. Lindo!!
No valor da pousada está incluso o café da manhã, almoço e jantar. As bebidas são a parte, com exceção da água mineral que é livre! Valor das bebidas média de R$ 5,00.
Roteiro de viagem na Selva Amazônica
Dia 1 na Selva Amazônica
O almoço na pousada foi servido logo que chegamos (por volta das 12h), e o primeiro passeio na Selva Amazônica ocorreu às 15h com direito a pescar piranhas, observar botos, pássaros e pôr do sol por volta das 18:30h.
A pesca de piranhas é recreativa, vocês pesca e devolve, caso queira levar pra pousada, o pessoal do restaurante também prepara pra você.
Nós devolvemos a nossa, e também se você quiser apenas ir no passeio curtindo o visual (vale a pena ir!), mas não pescar, não tem problema. Teve uma turista que fez isso.
Repare que existe um tempo entre o almoço e o passeio das 15h. Nesse tempinho a gente aproveitava pra tomar banho de rio na frente da pousada, além de conversar bastante, já que NÃO HÁ INTERNET.
Na 1ª noite dormimos na pousada, mas isso não quer dizer que não nos sentimos na selva.
Após o jantar, juntamente com o guia, fomos fazer a focagem de jacaré. Nesse passeio, o guia retira um jacaré da água e começa a explicar sobre ele.
É permitido segurar o jacaré e tirar foto, porém sempre com muito cuidado e respeito pela natureza.
O ideal é você estar de tênis, calça comprida e camiseta de manga, pois a noite tem bastante mosquito.
Foi avisado que pode acontecer de não encontrar nenhum jacaré, já que é a natureza que manda. Porém, não se preocupe, pois, os guias fazem de tudo para você não voltar frustrado dessa experiência.
Nosso guia Chitão arrasou e pegou logo de primeira o jacaré!
Nossa primeira noite foi tranquila, os chalés têm mosquiteiros e ventilador e a noite fica mais fresco. Só não foi melhor porque passei mal, falo a seguir.
Dia 2 na Selva Amazônica
O dia do Acampamento
Na manhã do 2° dia, por volta das 5:30h, acontece um passeio de barco para avistar o nascer do sol. Ao longo do passeio, o guia para em alguns lugares estratégicos para o banho.
Vale lembrar que você está na selva, então não são todos os lugares que permitirão banho, então é preciso ter atenção nisso. Afinal, ninguém quer ser mordido por piranhas, né?! Pergunte ao guia sempre antes de entrar na água.
Aliás, é aconselhável as mulheres que estiverem menstruadas não entrarem na água, pois o cheiro atrai as piranhas.
Infelizmente, não pude participar desse evento, porque na noite anterior tomei o açaí puro da Amazônia e passei muito mal. Não é recomendado tomar esse açaí antes de dormir!
Uma dica importante é levar alguns remédios básicos, tipo remédio de dor de cabeça e enjoo por conta dos passeios de barco e alguns band-aids.
A gente nunca sabe quão longe da civilização estamos até que ocorra uma emergência, rs!
No caso da pousada, havia um posto médico relativamente próximo (uns 20 min de barco), mas hospital mesmo, acredito que só na cidade, a quase 1 hora de barco.
A galera retornou a pousada as 6:45h para o café da manhã as 7h. Eu fiquei dormindo e me recuperando um pouco do estômago.
Trilha
Por volta das 8h é a hora da trilha. Vamos de barco até o início da trilha e lá começamos a caminhada de 3km.
Nesse passeio, o guia explica sobre plantas medicinais, técnicas de sobrevivência, aranhas e possibilidade de ver macacos.
É super legal! Aqui é o local onde você tem a chance de comer a tal larvinha e nós COMEMOS (tá lá nos stories do instagram e em breve no VLOG!), falo mais abaixo.
Durante a trilha ainda nos penduramos no cipó e tivemos a experiência de usar o repelente da selva: formigas, rs! Falo mais sobre logo abaixo!
Técnicas de sobrevivência dadas pelo guia turístico
– A larva do coco-babaçu que é chamada de “tapuru” era consumida pelos guerreiros de selva em situações de sobrevivência. Fomos convidados a provar e provamos! Ela tem gosto de coco, mas dá aquela leve explodida na boca, rs.
– Outro hábito local é colocar a mão numa espécie de formigueiro que funciona como um repelente natural. As formigas quando mortas liberam um odor que afasta os mosquitos. Rodrigo colocou a mão, eu, passei, rs.
Retornamos a pousada para almoçar uma comida deliciosa e bem caseira, é simples e existe opção para vegetarianos também.
Cada translado desse é um passeio, um visual lindo!
Às 15h partimos para o acampamento na selva. Nós ficamos em uma tenda que já estava montada próximo ao rio para evitar se perder e, também, a visita indesejada de animais.
Lá, montamos nossas redes com mosquiteiros que o guia levou e o grupo começou a se preparar para o jantar.
O nosso guia levou frango, galão de água mineral, frutas e ovos para vegetarianos para cozinhar o jantar para os integrantes do grupo.
O guia acende o fogo, põe o frango na panela, o arroz e corta umas verduras (tomate, cebola, pimentão) e comemos nos pratinhos que o guia leva também. A bebida é água mineral, rs.
Lembrando que essa experiência completa na selva, montar acampamento, cozinhar, assim como outros passeios do roteiro não são obrigatórios, não precisa dormir na selva e nem fazer nada que você não queira.
Inclusive, dois gringos do nosso grupo optaram por dormir na pousada, e não tem problema nenhum! Tudo que você precisa fazer é avisar ao guia com antecedência.
Depois do jantar, os meninos foram com o guia em busca de aranhas, eu fiquei com as meninas papeando no acampamento.
Animais e insetos da selva
Eu sei que muita gente fica se questionando sobre os animais, se não é perigoso, se não tinha cobra ou nenhum outro bicho venenoso. CALMA.
O acampamento está sempre muito movimentado, todos os dias, não vimos nenhum animal selvagem.
A único bicho que avistamos foi o chamado “rato da selva”. Durante a noite eu precisava muito ir ao banheiro e na selva, isso significa mato, quando saímos com a lanterna do celular ligada lá estava ele nos olhando.
Levamos um susto, mas ele nos viu e saiu correndo. O que eu quero dizer é que os animais estão acostumados com a presença humana naquela região e que sentem mais medo da gente, do que a gente deles.
O que levar e vestimenta na Selva
Nós aconselhamos levar uma água mineral numa garrafinha sua para escovar os dentes.
Isso para evitar gastar o galão usado para beber, além de bastante repelente, uma roupa mais tapada, tipo uma calça corta vento, blusa de manga e bota com meia comprida.
Para as mulheres, seria melhor usar um top por baixo da blusa caso a mesma se rasgue ou faça muito calor, foi o que eu usei.
O clima na selva é bem quente, mas, caso chova, um vento mais frio pode chegar.
Na nossa viagem, senti calor lá pela madrugada e então tirei a blusa e a meia (aí a vantagem do top para as mulheres), mas começou a chuviscar, aí ficou fresquinho.
A noite foi tranquila, achei que fosse dormir super mal, mas o barulhinho das folhas das árvores com os grilos me ninou, rs.
Dia 3 na selva amazônica
Acordamos com o nascer do sol! Na manhã seguinte tem o café da manhã e desmonte do acampamento. Comemos cream cracker, ovo cozido na hora, café feito na hora e abacaxi, uma delícia!!!
O retorno foi curtindo o visual, vendo botos nadando (coisa MAIS LINDA!) e uma parada no meio do nada pra mergulho (no instagram tem um mini video), LINDO!
A TEMPERATURA DA ÁGUA É MARAVILHOSA! QUE EXPERIÊNCIA!
Antes do retorno à pousada, fizemos uma parada na casa dos ribeirinhos, povo que mora à beira do rio. O guia nos mostrou um pouco da casa deles, os costumes, os artesanatos que eles fazem.
De lá, retornamos para a pousada, fomos almoçar nos despedimos da linda Selva Amazônica. Daqui fomos para Manaus, acompanhe nesse post o que fizemos pela capital.
Aproveite pra ler também nosso post sobre as lindas cachoeiras de Presidente Figueiredo!
Conclusão
Visitar a Selva Amazônica foi uma das experiências mais incríveis que nós tivemos, e que nós iremos nos lembrar para sempre!
A pousada que ficamos foi maravilhosa, povo acolhedor e tomar café da manhã, almoçar vendo botos nadando é incrível!
A natureza, as belezas brasileiras, nossa terra e nossa gente são um grande motivo de orgulho e poder conhecer um pouquinho de toda essa maravilha, é uma dádiva.
Esses dias em Manaus, na selva, e nas cachoeiras foram sensacionais e se você quer um conselho, nós podemos dizer apenas: vá. Se planeje e viva essa experiência espetacular!
Obrigada por ter lido até aqui! Qualquer dúvida pode escrever aí nos comentários e para acompanhar nossas viagens em tempo real, siga nosso instagram e facebook, e para assistir aos nossos Vlogs, clips e vídeos com dicas, conheça nosso canal!
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